Há amores que não voltam. Mas também não se vão. Ficam ali, parados no tempo, como porta entreaberta em casa vazia. São amores que esqueceram o caminho das palavras, mas ainda sabem onde a gente mora por dentro.
Agora é madrugada. E eu ainda estou aqui. Não por mim — porque de mim mesmo, já me perdi tantas vezes por esse amor. Estou aqui por ela. Por esse sentimento que não me larga, que não me solta, que não me liberta. Um amor que parece ter me esquecido mas que eu nunca consegui esquecer.
A rua está vazia. A cidade dorme. Mas no fundo do peito, algo vigia. De algum lugar lá fora, uma música começa a tocar — lenta, antiga, como se soubesse tudo que eu carrego no peito. E essa música, essa música traz o rosto dela. O jeito como ela me olhava. A voz que dizia meu nome com uma ternura que ninguém mais soube imitar. O cheiro dos cabelos molhados, a delicadeza de suas mãos encaixadas nas minhas. Tudo está ali, escondido entre os acordes. Tudo ainda toca, mesmo que ela não toque mais em mim.
Ela era a sinfonia dos abraços. O silêncio entre os beijos. A brisa que entrava pela janela quando o mundo parecia menos duro. Agora, ela é apenas ausência. E ainda assim, é tudo.
Não há mais cartas. Nem chamadas. Só essa memória viva que insiste em existir — como uma vela que não se apaga mesmo quando não há vento. O amor que tive, ou que ainda tenho, vive nos detalhes. No café que não preparo mais. No travesseiro que permanece vazio. Nas palavras que engasgam quando tento explicar o que já não sei dizer.
Quantas vezes já desejei abrir a porta e encontrá-la ali — com os olhos cheios d’água, dizendo: “Voltei porque não consegui te esquecer”? Mas a porta não se abre. A maçaneta continua fria. E o som que ecoa é o de um portão de ferro batido no instante da despedida.
O amor, quando é verdadeiro, não precisa mais de corpo. Ele sobrevive daquilo que ficou: uma frase, um gesto, um silêncio. E mesmo que tudo se cale, ele continua falando. Às vezes alto. Às vezes baixinho, feito essa música que agora escuto de longe, e que traz o rosto dela com uma nitidez que corta o ar.
E eu me pergunto, como quem sussurra dentro do próprio cansaço: Quem virá me acudir nesta madrugada — mesmo que seja por dor ou piedade?
Talvez ninguém. Talvez apenas eu mesmo, tentando me salvar de um amor que nunca deixou de doer.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras
Na sua última entrevista como presidente da Câmara, ao jornal Valor Econômico, o deputado Arthur Lira (PP-AL) deu a senha dos próximos movimentos. Indagado se poderia ser ministro de Lula, Lira foi categórico: “Ninguém embarca em navio se sabe que vai naufragar”. Agora, ados três meses da entrevista, a federação formada por PP e União Brasil começou com a promessa de devolução dos ministérios. O PP tem o ministério do Esporte e a Caixa. O União Brasil indicou os ministros do Turismo e das Comunicações.
A frase de Lira explica a reação do deputado Pedro Lucas (União Brasil-MA), líder do União Brasil, ao recusar o Ministério das Comunicações oferecido por Lula. Ele também achou que a canoa estava furada.
A foto da cerimônia que celebrou a federação dos dois partidos mostra mudança importante. Lá está a nova geração que comanda a política brasileira: Davi Alcolumbre, 46 anos, Ciro Nogueira, 56 anos, Antonio Rueda, 50 anos, Arthur Lira, 55 anos, e ACM Neto, 46 anos.
O Brasil vive um momento inusitado. Lula e Bolsonaro, os dois líderes políticos mais populares, encontraram o ocaso. Lula completa 80 anos em outubro e amarga índices de impopularidade nunca por ele experimentados. Bolsonaro, embora 10 anos mais jovem, tem sérios problemas de saúde.
Como explicou-me esta semana um médico experiente, Bolsonaro é um paciente multioperado, sujeito a todo tipo de complicação a qualquer hora, como se deu no Rio Grande do Norte em 11 de abril. Não é outro o motivo que levou os líderes da fusão a anunciarem a fundação de uma nova direita e a renegarem o bolsonarismo e o lulismo.
Além da federação do União Brasil com o Progressistas, temos outra: a do PSDB com o Podemos. Fruto de uma negociação entre o tucano Marconi Perillo, 62 anos, e a deputada paulista Renata Abreu, 43 anos. E ainda há uma negociação em curso entre o MDB de Baleia Rossi, 52 anos, e o PSD de Gilberto Kassab, 64 anos. O candidato deles seria o atual governador gaúcho Eduardo Leite, 40 anos. Tucano, Eduardo negocia sua ida para o PSD e ficou à margem das conversas entre Perillo e Renata.
A consequência deste movimento é a formação de três grandes blocos no Congresso, o que irá reduzir o número de partidos, já que mais à frente a consequência natural será a fusão de agremiações. A federação seria uma espécie de noivado, um o anterior ao casamento. Este movimento já vem sendo feito desde que o PFL/DEM se fundiu com o PSL.
Deputados e senadores podem se dar ao luxo de dispensar ministérios e cargos, porque ganharam autonomia financeira desde quando o STF pressionou por uma lei que proibisse o financiamento privado de campanhas. Eles têm hoje R$ 60 bilhões em emendas impositivas, as quais o governo é obrigado a executar. O Congresso decide quanto os partidos terão no bilionário Fundo Partidário e no Fundo Eleitoral, que chegou a R$ 5 bilhões em 2022.
Lula parece não ter entendido a nova regra do jogo. O governo perdeu a capacidade de pressão sobre os congressistas por causa da autonomia financeira. O dinheiro dos fundos partidário e eleitoral é gordo, recorrente e legal. Dá pouca ou nenhuma dor de cabeça. Diferentemente dos negócios nos ministérios.
O ministro Flávio Dino, o único no STF a ar por Executivo, Legislativo e Judiciário, tem feito de tudo para fazer voltar às mãos do governo o domínio sobre a liberação de emendas. É uma missão quase impossível, para dizer o mínimo.
Unir forças também significa criar anticorpos contra excessos do Judiciário. O próprio Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, já manifestou seu desconforto. Em setembro, haverá troca de comando no Supremo, com o ministro Fachin assumindo a presidência com o ministro Alexandre de Moraes de vice. Em 2027, Moraes será o presidente.
Diante do inevitável, resta a Lula preencher o ministério com nomes da esquerda, como Wolney Queiroz (PDT), filho do ex-prefeito de Caruaru José Queiroz, brizolista histórico. Outros nomes, tanto do PT quanto de outros partidos da esquerda serão chamados.
O PT está em efervescência com a disputa pela presidência do partido, marcada para 6 de julho. Lula pode esperar até o resultado desta eleição, que deve ser vencida por seu candidato, o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva.
Com a centro-direita se arrumando para a eleição de 2026, só restará a Lula um caminho: gastar, gastar e gastar para tentar reverter o mau momento de popularidade. Vamos assistir a um novo pico da taxa Selic e tensões no mercado financeiro. Para Arthur Lira, será um naufrágio. No mais, os movimentos indicam que as coisas estão mudando na política brasileira. Se vai piorar, só o tempo dirá.
O Brasil deu um salto de 47 posições no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), organização não governamental e sem fins lucrativos. A comparação é entre a posição de 2025, quando país ficou na 63º posição, e a de 2022. Segundo os pesquisadores, há um clima menos hostil ao jornalismo depois da “era Bolsonaro”.
O estudo define liberdade de imprensa como “a possibilidade efetiva de jornalistas, como indivíduos e como coletivos, selecionarem, produzirem e divulgarem informações de interesse público, independentemente de ingerências políticas, econômicas, legais e sociais, e sem ameaça à sua segurança física e mental”.
Os números brasileiros, porém, estão entre as poucas melhoras nesse indicador de 2025. Seis em cada dez países caíram no ranking. Pela primeira vez na história do levantamento, as condições para o jornalismo são consideradas “ruins” em metade dos países do mundo e “satisfatórias” em menos de um em cada quatro.
A pontuação média de todos os países avaliados ficou abaixo de 55 pontos, o que qualifica a situação da liberdade de imprensa no mundo como “difícil”. Segundo a RSF, o ranking é um índice que mede as condições para o livre exercício do jornalismo em 180 países do mundo.
O índice tem cinco indicadores: político, social, econômico, marco legal e segurança. Com base na pontuação de cada um, é definida a pontuação geral por país. O indicador econômico foi o que mais pesou em 2025. O que significa falar em concentração da propriedade dos meios de comunicação, pressão de anunciantes ou financiadores, ausência, restrição ou atribuição opaca de auxílios públicos.
Segundo a RSF, os meios de comunicação estão divididos entre a garantia da própria independência e a luta pela sobrevivência econômica.
“Garantir um espaço de meios de comunicação pluralistas, livres e independentes exige condições financeiras estáveis e transparentes. Sem independência econômica, não há imprensa livre. Quando um meio de comunicação está economicamente enfraquecido, ele é arrastado pela corrida por audiência, em detrimento da qualidade, e pode se tornar presa fácil de oligarcas ou de tomadores de decisão pública que o exploram”, diz Anne Bocandé, diretora editorial do RSF.
“A independência financeira é uma condição vital para assegurar uma informação livre, confiável e voltada para o interesse público”.
Outros dados
Alguns países merecem destaque na pesquisa. Caso da Argentina, que ocupa a 87ª posição entre os 180 países. Segundo a pesquisa, há retrocessos pelas tendências autoritárias do governo do presidente Javier Milei, que estigmatizou jornalistas, desmantelou a mídia pública e utilizou a publicidade estatal como instrumento de pressão política. O país perdeu 47 posições em dois anos.
O Peru (130º) também foi um lugar em que pesquisadores identificaram que a liberdade de imprensa entrou em colapso, 53 posições a menos desde 2022. Os motivos apontados são assédio judicial, campanhas de desinformação e crescente pressão sobre a mídia independente.
Os Estados Unidos (57º) são marcados pelo segundo mandato de Donald Trump, que, segundo o levantamento, politizou instituições, reduziu o apoio à mídia independente e marginalizou jornalistas. No país, a confiança na mídia está em queda, os repórteres têm enfrentado hostilidade e muitos jornais locais estão desaparecendo. Trump também encerrou o financiamento federal da Agência dos Estados Unidos para a Mídia Global (USAGM).
As regiões do Oriente Médio e Norte da África são consideradas as mais perigosas para os jornalistas no mundo. Destaque, segundo a RSF, para o massacre do jornalismo em Gaza pelo exército israelense. A situação de todos os países nessas regiões é considerada “difícil” ou “muito grave”, com exceção do Catar (79º).
Big Techs
A RSF pontua o papel das big techs nos problemas atuais. Diz que a economia de mídia é minada pelo domínio do GAFAM (Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft) na distribuição de informações. O que significa falar em plataformas não regulamentadas, que capturam receitas de publicidade que sustentavam o jornalismo.
Os números de 2024 mostram que o gasto total com publicidade nas redes sociais alcançou US$ 247,3 bilhões, aumento de 14% em relação a 2023. A RSF aponta que elas também contribuem para a proliferação de conteúdos manipulados ou enganosos, tornando piores os fenômenos de desinformação.
Outro ponto de preocupação é a concentração de propriedade, que ameaça diretamente o pluralismo de imprensa. Em 46 países, a propriedade dos meios de comunicação está altamente concentrada — ou mesmo totalmente nas mãos do Estado —, segundo a análise dos dados do ranking.
O senador pernambucano Humberto Costa, segundo vice-presidente do Senado e presidente nacional do PT, em mandato tampão até julho, quando a legenda escolherá o seu sucessor em eleição que deve mobilizar dois milhões de filiados, participa do meu podcast “Direto de Brasília”, em parceria com a Folha de Pernambuco, da próxima terça-feira. Ele vai tratar das eleições internas do PT, que já tem cinco candidatos disputando o seu comando.
Estão no páreo representantes das mais diferentes correntes: Edinho Silva (CNB – Construindo um Novo Brasil), Valter Pomar (Articulação de Esquerda), Romênio Pereira (Movimento PT), Rui Falcão (Novo Rumo) e Washington Quaquá (CNB dissidente). O mais competitivo e tido como favorito é Edinho Silva.
Representante da corrente “Construindo um Novo Brasil (CNB)”, Edinho Silva é ex-prefeito de Araraquara (SP) e ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Dilma Rousseff. Edinho é o candidato preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O podcast vai ao ar das 18 às 19 horas, com transmissão pelo YouTube da Folha e deste Blog.
Além da transmissão pelo Youtube, o ‘Direto de Brasília’ também é veiculado pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM. A transmissão também será realizada no Instagram e no Facebook deste Blog.
Entram como parceiros na transmissão a Gazeta News, do Grupo Collor, em Alagoas, a Rede Mais Rádios, com 25 emissoras, na Paraíba, e a Mais-TV, do mesmo grupo, sob o comando do jornalista Heron Cid. Ainda a Rede ANC, do Ceará, formada por mais de 50 emissoras naquele Estado. Os nossos parceiros neste projeto são o Grupo Ferreira de Santa Cruz do Capibaribe, a Autoviação Progresso, o Grupo Antonio Ferreira Souza, a Água Santa Joana e a Faculdade Vale do Pajeú.
Cinco candidatos se inscreveram para disputar a presidência do Partido dos Trabalhadores no Recife. As inscrições terminaram nessa sexta-feira em todo o país. O Processo de Eleição Direta (PED) acontece em 6 de julho.
A surpresa na capital pernambucana ficou por conta da vereadora Kari Santos que retirou o apoio à candidatura do professor Pedro Alcântara, indicado pelo deputado estadual João Paulo. Os dois defenderam sua eleição no ano ado, para o primeiro mandato.
“Não posso condicionar os rumos do PT apenas aos apoios eleitorais que eu tive, assim como não vou contrariar a decisão coletiva tomada por minha corrente no estado. Apresentamos o nome de Pedro, mas infelizmente ele não ganhou a adesão dos nossos companheiros da CNB”, argumentou.
A corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) inscreveu dois candidatos, O outro é o ex-vereador Jairo Brito, apresentado pelo senador Humberto Costa e que agora tem o apoio da vereadora.
“João Paulo e Pedro mantiveram a candidatura. Eu me organizo coletivamente com o senador Humberto Costa e outras lideranças do PT no estado. E a CNB vai ter uma única candidatura no Recife, que é Jairo Brito”, enfatizou Kari Santos.
Manutenção
O deputado João Paulo disse ter sido pego de surpresa com a decisão da vereadora, que assinou o manifesto propondo o nome de Pedro Alcântara como um caminho de renovação para a legenda. “Não sei o que aconteceu, mas a candidatura de Pedro está mantida”, colocou o deputado.
Cientista político e professor, Pedro Alcântara informou que ainda vai discutir junto ao partido a possibilidade de a CNB ter dois nomes na disputa. “Vou esperar a poeira baixar para entender isso e decidir o que vamos fazer”, declarou. As mudanças nas inscrições podem acontecer até o próximo dia 26.
Outros candidatos
Também registraram suas chapas o secretário-executivo de Meio Ambiente do Recife Jefferson Maciel, da Alternativa Socialista Democrática, ligado ao grupo do vereador Osmar Ricardo e do secretário de Meio Ambiente da cidade, Oscar Barreto; a secretária da Mulher do PT, Paula Menezes; e o atual presidente, Cirilo Mota, que está no cargo desde 2019.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou ontem sua 11ª mudança ministerial desde o início do mandato, com a saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social. A próxima troca, já encaminhada, deve ser na pasta de Mulheres, com a provável substituição de Cida Gonçalves por Márcia Lopes, ambas do PT. As mudanças mais recentes frustraram expectativas de partidos do Centrão, que aguardavam mais espaço na Esplanada. Diferente da primeira metade do governo, quando PP e Republicanos foram contemplados para ampliar a base, as trocas de 2024 têm ocorrido por crises individuais, não por negociações políticas mais amplas.
A estratégia de reforma “a conta-gotas” tem limitado o impacto político das mudanças. Desde janeiro, cinco pastas sofreram alterações: Comunicação Social, Saúde, Relações Institucionais, Comunicações e agora Previdência. A motivação, no entanto, tem sido mais istrativa do que estratégica. O Centrão, que esperava ampliar sua presença, observa com frustração a continuidade de um governo que tem privilegiado nomes ligados ao próprio PT ou a siglas próximas. As informações são do jornal O Globo.
No Ministério das Mulheres, a iminente saída de Cida Gonçalves, abalada por conflitos internos e denúncias já arquivadas, ocorre apesar de sua relação próxima com a primeira-dama Janja. A escolha de Márcia Lopes como sucessora deve manter a pasta sob controle petista. Lopes, assistente social e ex-ministra no governo Lula, tem ligação familiar com o ex-chefe de gabinete Gilberto Carvalho e já ocupou cargos na área social.
A troca mais recente antes de Lupi foi nas Comunicações, com a demissão de Juscelino Filho (União-MA) após denúncias da PGR e a entrada de Frederico Siqueira, aliado de Davi Alcolumbre (União-AP). No início do ano, Alexandre Padilha deixou Relações Institucionais para assumir a Saúde no lugar de Nísia Trindade. A movimentação, embora vista como necessária pelo Planalto para dar perfil mais político à Saúde, contrariou parte do Centrão, que via na pasta uma oportunidade de maior influência.
Os principais partidos do bloco, como PSD, PP, Republicanos e União Brasil, continuam pressionando por mais espaço. O PSD reivindica o Turismo, atualmente ocupado por Celso Sabino (União), mas enfrenta resistência. A recente federação entre União e PP fortaleceu o grupo, agora com 109 deputados e 14 senadores. Ainda assim, líderes reclamam da falta de diálogo direto com Lula e do pouco espaço para novas negociações.
Com o calendário eleitoral se aproximando — já que ministros que pretendem disputar eleições em 2026 precisam deixar os cargos até abril de 2026 —, o tempo para uma reforma mais ampla está se esgotando. A avaliação entre aliados é de que Lula prefere manter o controle sobre as escolhas e evitar abrir margem para disputas internas, mesmo sob o risco de perder apoio em votações importantes no Congresso.
Cidade com o quinto maior Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco, estimado em R$ 10,7 bilhões, Goiana, na Mata Norte do Estado, volta às urnas neste domingo (4) para decidir quem será o próximo prefeito. A eleição suplementar foi provocada pela insistência do ex-prefeito Eduardo Honório (União Brasil) em tentar istrar o município pelo terceiro mandato consecutivo. Ele foi eleito em outubro de 2024, mas acabou impedido de assumir pela Justiça Eleitoral.
Na disputa de amanhã, duas figuras conhecidas da política local se enfrentam em um pleito acirrado, que deve mobilizar 65.218 eleitoras e eleitores, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).
De um lado, Marcílio Régio (PP), com 66 anos, ex-vereador e empresário, que já foi presidente da Câmara Municipal de Goiana, secretário da cidade e vice-prefeito. Sua vice é Lícia Maciel, 37 anos, enfermeira filiada ao PT e mestra em gestão e saúde coletiva. Ela era vice também na chapa eleita em 2024, liderada por Eduardo Honório.
A chapa de Marcílio Régio é apoiada por Honório e conta com 13 partidos. Além de PP, PT e União Brasil, estão no grupo o PSB, do prefeito do Recife, João Campos, MDB, PCdoB, PV e siglas menores, como PTB, Agir, Mobiliza, DC, PRD e PMB.
Do outro lado está Eduardo Batista (Avante), também de 66 anos, ex-secretário de Goiana por cinco vezes e, por isso, muito conhecido na cidade. Batista foi vereador em três mandatos e era aliado de Eduardo Honório. Foi eleito presidente da Câmara de Vereadores para a legislatura iniciada em 2025. Por esse motivo, assumiu interinamente o comando da Prefeitura de Goiana.
Quando decidiu disputar a vaga em definitivo, abriu uma crise com Honório, que não concordou com sua postulação. A disputa levou os dois a romperem. O vice da chapa é o também vereador Pedro Henrique (Republicanos), eleito em outubro para o segundo mandato, com 1,7 mil votos. Além do Avante e do Republicanos, o grupo conta, ainda, com o Solidariedade e o Podemos.
Quem vencer terá a responsabilidade de gerir uma cidade com 81 mil habitantes, que vem ganhando protagonismo na economia de Pernambuco, sobretudo após a implantação do polo automotivo liderado pela Stellantis-Fiat-Jeep, com cerca de 19 mil automóveis produzidos por mês. O complexo alimenta, ainda, uma cadeia de fornecedoras de peças que se instalou na região. Além disso, o município abriga um polo farmacoquímico, alavancado especialmente pela estatal Hemobrás.
Teste de integridade das urnas – Neste sábado (3), véspera do pleito de Goiana, a Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica (Cave) realizará a cerimônia de sorteio ou escolha das seções eleitorais que serão submetidas ao Teste de Integridade das Urnas Eletrônicas e ao Teste de Autenticidade dos Sistemas Eleitorais. A reunião acontecerá a partir das 8h, na sala de sessões do edifício-sede do TRE-PE, no Recife. De forma aleatória ou por sorteio, a Cave definirá duas urnas eletrônicas a serem destinadas às auditorias. Ambos os testes acontecem no domingo (4), ao mesmo tempo que a votação normal, e servem para verificar o funcionamento dos equipamentos em condições normais de uso e a autenticidade dos sistemas eleitorais instalados.
Wolney ministro e Pernambuco brilhando – O Governo Lula (PT) conta com mais um ministro pernambucano, o ex-deputado federal Wolney Queiroz (PDT). Como publicado com exclusividade pelo titular deste blog, ele assumiu o Ministério da Previdência Social ontem, após o ex-ministro Carlos Lupi (PDT) pedir demissão do cargo, também ontem, nove dias depois de a Polícia Federal (PF) revelar investigações sobre um esquema de descontos em aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Pernambuco já tinha nomes no Governo Federal, como o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (RP), o da Pesca, André de Paula (PSD), o da Defesa, José Múcio (PRD), e o das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho (União Brasil).
Era desejo antigo de Lula– Segundo informações de bastidores do titular deste blog, lá atrás, ao bater o martelo da sua primeira equipe de alto escalão, o presidente Lula (PT) já queria Wolney Queiroz como ministro da pasta destinada ao PDT. Mas Carlos Lupi, presidente nacional da legenda, bateu o pé e fez chantagens. Lula acabou cedendo e nomeando-o, mas exigiu que Wolney fosse uma espécie de ministro-adjunto, e Lupi foi obrigado a nomeá-lo. Lula tem uma relação próxima, de iração e confiança com Wolney, que é filho do ex-prefeito de Caruaru, Zé Queiroz, brizolista histórico, mas que nunca deixou de apoiar os projetos presidenciais do atual chefe da Nação.
O que disse Lupi – Em seu perfil no X (ex-Twitter), o ex-ministro Carlos Lupi agradeceu a confiança do presidente Lula (PT). Reiterou que seu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso. “Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula”, escreveu. A saída de Lupi marca a 11ª mudança na Esplanada de Lula desde o início do 3º mandato do petista, em 2023.
Abuso eleitoral– A Havan iniciou, em abril deste ano, o processo de indenização a colaboradores que, de acordo com decisão judicial, teriam sido pressionados por Luciano Hang a apoiar Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018. Os ressarcimentos, realizados parte em dinheiro e parte em vale-compras, cumprem uma ordem da Justiça do Trabalho de Santa Catarina, que impôs à empresa e ao empresário uma condenação no valor de R$ 85 milhões por prática considerada como abuso eleitoral. A compensação, fixada em R$ 1 mil, está sendo destinada a cerca de 15 mil empregados que faziam parte do quadro da Havan até 1º de outubro de 2018, incluindo os que já deixaram a empresa.
CURTAS
Audiência sobre feminicídios– Uma audiência pública para discutir o crescimento da violência contra a mulher e os casos de feminicídio no Estado vai acontecer na próxima terça-feira (06), a partir das 9h, no auditório Sérgio Guerra da Assembleia Legislativa. A ação é uma iniciativa conjunta das deputadas Delegada Gleide Ângelo (PSB), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, e Dani Portela (PSOL), presidente da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular, em parceria com o Levante Feminista Contra o Feminicídio.
Novo republicano– O ministro de Portos e Aeroportos e presidente do Republicanos pernambucano, Silvio Costa Filho, filiou aos quadros da legenda o lendário ex-prefeito de Nazaré da Mata, Nino, que governou a cidade por cinco mandatos. O ato ocorreu na sede da legenda, no Recife, também com participação do primeiro-secretário da sigla, Samuel Andrade. “Nino é um símbolo não apenas de Nazaré, mas de toda a Zona da Mata. Um homem sério, humilde e trabalhador”, pontuou Silvinho.
PT do Recife– O cientista político Pedro Alcântara registrou, ontem, sua candidatura à presidência do diretório municipal do PT do Recife. A eleição será no dia 6 de julho. A candidatura conta com o apoio do deputado estadual João Paulo (PT), do ex-deputado federal Fernando Ferro, e do ex-presidente da legenda em Pernambuco, Bruno Ribeiro.
Perguntar não ofende: quem sairá vitorioso da acirrada disputa em Goiana?
O município de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, realiza uma nova eleição para os cargos de prefeito e vice-prefeito, neste domingo (4), com mais de 65 mil eleitores aptos a votar. No domingo, os candidatos à prefeitura da cidade, Eduardo Batista (Avante) e Marcílio Régio (PP), votarão em horários semelhantes. A votação do pleito suplementar ocorrerá das 8h Às 17h, horário de Brasília.
O prefeito interino do município, Eduardo Batista, vota às 8h na Escola Estadual Benigno Pessoa de Araújo (Rua Dr. Djalma Raposo, S/N, no bairro Cidade Nova). Já o ex-vice-prefeito Marcílio Régio vota às 8h11, na Escola Municipal Dr. Benigno Araújo (Rua Jornalista Edson Regis, S/N – Centro).
O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) orienta que os eleitores levem um documento oficial com foto ou utilizem o aplicativo e-Título para se identificar na seção eleitoral.
Endereço indicado por Collor em Maceió é cobertura de 600 m² à beira-mar 2c4u1h
O apartamento indicado pelo ex-presidente Fernando Collor como seu endereço na audiência de custódia no dia em que foi preso é uma cobertura de 600 metros quadrados à beira-mar em uma área nobre de Maceió.
O imóvel foi avaliado pela Justiça do Trabalho em R$ 9 milhões em novembro de 2024, em um processo movido por um antigo funcionário de uma das empresas das quais Collor é sócio.
O ex-presidente obteve autorização para cumprir prisão domiciliar nesta quinta-feira (1º). Ele deixou o presídio Baldomero Cavalcanti por volta das 19h. As informações são da Folha de São Paulo.
O endereço onde Collor irá cumprir a pena não foi divulgado nem constava nos autos da execução penal até esta sexta-feira (2) à noite.
Segundo o parecer que consta do processo na Justiça do Trabalho, o imóvel indicado como residência de Collor na audiência de custódia no dia 25 está localizado no sexto andar de um edifício no bairro de Jatiúca e conta com varanda, sala de estar, gabinete, galeria, sala de jantar, lavabo, adega, circulação, três suítes (sendo uma master com closet), além de piscina, terraços coberto e descoberto e bar.
Na noite desta quinta-feira (1º), a reportagem presenciou um dos veículos que estava no presídio Baldomero Cavalcanti entrar e sair do prédio onde fica esse apartamento entre 20h e 21h. O carro não fazia parte do comboio que transportava o político, mas saiu acompanhado de dois carros com seguranças dele.
Na tarde desta sexta, todas as janelas do imóvel permanecem fechadas, sem movimentação aparente.
De acordo com a defesa do ex-funcionário que moveu o processo na Justiça do Trabalho, o apartamento ainda está com o nome dele na documentação. A Justiça já pediu para que fosse removido, uma vez que foi formalizado acordo trabalhista pelo qual ele receberá até 2028 R$ 264 mil em parcelas.
A ONG Transparência Internacional criticou a concessão do benefício ao ex-presidente. “No Brasil, milhões de réus pobres (a maioria negros) são encarcerados em verdadeiras masmorras medievais, mas um corrupto serial evade a Justiça por décadas e cumpre ‘pena’ em um palácio. O Judiciário brasileiro é o principal vetor da desigualdade abissal do país.”
A defesa do ex-presidente disse que recebeu com “serenidade e alívio” a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que concedeu a prisão domiciliar.
Segundo Moraes, o benefício tem tem caráter humanitário, e a prisão deverá “ser cumprida, integralmente, em seu endereço residencial a ser indicado no momento de sua efetivação”.
Ele determinou também o “uso de tornozeleira eletrônica, a ser imediatamente instalada como condição de saída do preso das dependências da unidade prisional”.
Em sua decisão, o ministro suspendeu ainda o aporte de Collor e proibiu que ele receba visitas, “salvo de seus advogados regularmente constituídos e com procuração nos autos, de sua equipe médica e de seus familiares, além de outras pessoas previamente autorizadas” pelo STF.
O pedido foi concedido após parecer favorável da PGR (Procuradoria-Geral da República) e solicitação da defesa de Collor. Um laudo médico incluído no processo mostra que o ex-mandatário, que tem 75 anos, trata as doenças de Parkinson, apneia do sono grave e Transtorno Afetivo Bipolar.
Relatório obtido pela Folha sobre as condições em que o ex-presidente se encontrava no presídio Baldomero Cavalcanti, datado de 28 de março, diz que o ambiente era “salubre e devidamente higienizado e iluminado, dispondo de banheiro próprio, além de alguns móveis, a exemplo de cama e mesa, bem como aparelhos eletrônicos”, incluindo um televisor.
O ex-presidente ficou detido na sala do diretor do presídio, adaptada para atender às condições estabelecidas por Moraes.
O relatório afirma que o o ao cômodo se dava por meio de duas portas sobrepostas, sendo a primeira de ferro, completamente vazada e trancada com uso de cadeado, enquanto a segunda era fechada e aparentemente de madeira.
Na ocasião da visita, Collor dispunha de um livro para leitura. A ele também havia sido ofertada a possibilidade de trabalho interno. O ex-presidente manifestou vontade de ficar isolado, sem estabelecer contato com as outras pessoas recolhidas na ala e, assim, a istração prisional garantiu banho de sol diário e individual, bem como espaço e tempo para atividade física.
Conforme a Folha apurou, houve na comissão de inspeção quem colocasse ressalvas em razão de o espaço ter pouca ventilação e baixa luminosidade, além de um banheiro antigo, pequeno e sem janela.
Uma pessoa que teve o ao ex-presidente na prisão afirmou à reportagem que ele estava abatido e usava um aparelho ao lado da cama comumente utilizado como parte do tratamento de apneia do sono.
O presidente do União Brasil em Pernambuco, Miguel Coelho estreou nesta sexta-feira (2) sua inserção no horário eleitoral gratuito na TV. No vídeo, ele defende uma atuação política voltada a resultados concretos, com foco na transformação da vida das pessoas. “Na política, tem gente boa de discurso, mas que não resolve nada. Com a gente, é diferente. A gente faz e não enrola. Aqui, é mão na massa!”, afirma. Miguel também relembra sua gestão à frente da Prefeitura de Petrolina, destacando avanços em emprego, educação e infraestrutura. Assista:
Wolney Queiroz assume Ministério da Previdência. “Uma honra”, afirma o novo ministro 734u52
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de nomear o caruaruense Wolney Queiroz como ministro da Previdência. Ele tomou posse automaticamente. O ritual teve a presença da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
O pernambucano substitui o ex-ministro Carlos Lupi, e assume a pasta em meio a uma fraude de R$ 6,3 bilhões constada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União. De 2019 a 2024 aposentados e pensionistas tiveram descontos ilegais em folha.
Lupi chegou a itir que sabia das irregularidades. O presidente do INSS foi exonerado e outro assumiu sem que o então ministro fosse consultado. Sentiu a pressão e entregou o cargo na tarde desta sexta.
“Uma honra ser empossado pelo presidente Lula como novo Ministro da Previdência Social do Brasil. Que Deus nos abençoe nessa missão”, declarou Wolney Queiroz em suas redes sociais.
Candidato a presidente do PT, Edinho Silva viajou por 13 estados em 4 meses 4z1y4a
Em campanha para o comando do PT, o ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva tem buscado votos em vários municípios brasileiros. Ele já ou por 13 estados, além do Distrito Federal, nos últimos 4 meses.
Edinho é pré-candidato à presidência do PT. A eleição interna acontece no dia 6 de julho, e o escolhido ficará à frente do partido por quatro anos.
Desde janeiro, o petista esteve em 13 estados e no Distrito Federal em busca de votos. Ele participou de plenárias do PT e eventos com a militância em ao menos 25 municípios, além de encontros com prefeitos e governadores aliados. As informações são do UOL.
A maior parte da campanha está concentrada nas capitais de estados do Sudeste e Nordeste. Edinho já foi a cinco dos nove estados nordestinos. No Sudeste, ele repetiu viagens ao Rio de Janeiro e São Paulo, mas também visitou municípios do interior, como Campinas, Sorocaba, Matão e São Carlos.
Edinho viajou mais que Lula em 2022. Na campanha para o primeiro turno da eleição presidencial, o então candidato esteve em 10 estados.
Viagens viraram alvo de questionamento de adversários. Valter Pomar, dirigente histórico do PT e pré-candidato ao comando do partido, questionou se a direção da sigla estava bancando viagens de jatinho para Edinho, após ele visitar três estados em três dias, no início de abril (Tocantins, Mato Grosso e Minas Gerais). O diretório nacional do PT nega.
Empresário emprestou avião para Edinho. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o ruralista Carlos Augustin, assessor especial do Ministério da Agricultura, cedeu sua aeronave para que o candidato se deslocasse de Palmas (TO) a Cuiabá (MT) em 5 de abril, por falta de voos de carreira.
Ao UOL, Edinho afirmou que todos os custos da pré-campanha são cobertos por filiados do partido. Ele também disse que gostaria de ar por todos os estados até a eleição, mas não sabe se será possível. “Todas [as cidades] são prioridade em uma eleição como a do PT, onde quem vota é o filiado”, disse.
PT enfrenta divergências internas Edinho é o favorito de Lula para dirigir o partido, segundo aliados. Além de prefeito de Araraquara, ele foi deputado estadual e ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social) do governo Dilma Rousseff. Também coordenou a campanha de Lula em 2022.
Ainda não há consenso em torno do nome dele. Ao UOL, o presidente interino do PT, senador Humberto Costa, disse que vai trabalhar pela unidade em torno da candidatura de Edinho.
No início de abril, o prefeito de Maricá e atual vice-presidente do partido, Washington Quaquá, anunciou que vai disputar a eleição. Ele e Edinho integram a corrente majoritária do partido, a Construindo um Novo Brasil (CNB).
O deputado Rui Falcão também lançou sua pré-candidatura. Ele já comandou o PT em outras duas ocasiões e também é próximo de Lula. Há outros dois pré-candidatos até o momento: Valter Pomar e Romênio Pereira, secretário de Relações Internacionais do partido.
Se o leitor não conseguiu acompanhar a entrevista com Sérgio Andrade, vocalista e um dos criadores da Banda de Pau e Corda, ao quadro “Sextou”, do programa Frente a Frente, ancorado por este blogueiro e exibido pela Rede Nordeste de Rádio, não se preocupe. Clique aqui e confira. Está incrível!
Lupi pede demissão da Presidência e Wolney assume Ministério q555p
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão hoje, dias depois da divulgação das fraudes contra aposentados no INSS. Lupi estava no cargo desde janeiro de 2023. Ele anunciou sua saída hoje, após uma conversa com o presidente Lula (PT). Conforme este blog antecipou, o pernambucano Wolney Queiroz substitui Lupi no comando da pasta.
Meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações, ressaltou Lupi, em publicação no X. “Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula. Espero que as investigações sigam seu curso natural, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”, escreveu. As informações são do UOL.
Ex-ministro disse que seguirá acompanhando a investigação de perto. “Colaborando com o governo para que, ao final, todo e qualquer recurso que tenha sido desviado do caminho de nossos beneficiários seja devolvido integralmente”, acrescentou.
“Deixo meu agradecimento aos mais de 20 mil servidores do INSS e do Ministério da Previdência Social, profissionais que aprendi a irar ainda mais nestes pouco mais de dois anos à frente da Pasta. Homens e mulheres que sustentam, com dedicação, o maior programa social das Américas”, disse Lupi, em comunicado sobre a demissão.
Saída do ministro ocorre em meio à crise no INSS. Uma investigação da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União) revelou um golpe de até R$ 6,3 bilhões em aposentados e pensionistas.
Ministro foi alertado em 2023, mas demorou um ano para agir. Atas de reuniões do Conselho Nacional da Previdência Social mostram que o primeiro alerta foi feito em 12 junho de 2023.
Lupi negou discutir o assunto naquele momento. “O ministro registrou que a solicitação era relevante, porém, não haveria condições de fazê-la de imediato, visto que seria necessário realizar um levantamento mais preciso”, diz a ata.
As autoridades chilenas suspenderam o alerta de tsunami e a ordem de evacuação para a costa da região de Magallanes, no extremo sul do país, nesta sexta-feira (2), após um terremoto de magnitude 7,5 no mar.
O tremor também foi sentido no sul da Argentina, de acordo com o Serviço Geológico dos EUA.
“A evacuação preventiva terminou. Ou seja, todos estão voltando e retomando suas atividades. Todos os setores devem estar operando normalmente, com exceção de todas as atividades econômicas na costa”, disse Juan Carlos Andrade, diretor da agência estadual de desastres em Magallanes. As informações são do g1.
Segundo o Centro Sismológico Nacional da Universidade do Chile, o tremor foi registrado às 8h58 (horário local), a 218 km ao sul de Puerto Williams, cidade da região de Magallanes. O fenômeno foi registrado no mar, a 10 km de profundidade.
O tremor aconteceu na região da agem de Drake, entre o Cabo Horn e a Antártica. O Cabo Horn é o ponto mais extremo ao sul do continente americano.
Mais cedo, um alerta vermelho de tsunami foi declarado pelo Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres, o Senapred do Chile.
O Senapred pediu que a região costeira de Magallanes, no extremo-sul do país, e a praia do território antártico fosse esvaziada por uma ameaça de tsunami.
Na Argentina, autoridades da província Tierra del Fuego (sul) também determinaram evacuação “de forma preventiva” do pequeno vilarejo de Puerto Almanza.
Vídeos nas redes sociais mostraram pessoas saindo calmamente das regiões costeiras, enquanto sirenes soavam ao fundo.
O Serviço Hidrográfico e Oceanográfico do Chile (SHOA) estimou que ondas atingiriam bases na Antártida e cidades no extremo sul do Chile.
A istração Oceânica e Atmosférica Nacional afirmou que ondas de 0,3 a 1 metro eram esperadas na Antártida e ondas de 1 a 3 metros eram esperadas no Chile.
O empréstimo no valor de R$ 1,5 bilhão por parte do governo de Pernambuco, com garantias da União, será utilizado para viabilizar, principalmente, a continuidade do PE na Estrada, programa de requalificação da malha rodoviária pernambucana orçado em R$ 5,1 bilhões, incluindo não só as estradas estaduais (PEs), mas também as federais que cortam o Estado (BRs).
E no pacote estão, prioritariamente, as obras de implantação do Lote 2 (Sul) do Arco Metropolitano, compreendido entre a BR-408 e a BR-101 Sul, no trecho de 25,32 km entre a BR-232 e a BR-101, no Grande Recife. O lote 2 é considerado o ‘mais fácil’ de execução por não ter obstáculos ambientais no desenho, já definido pelas rodovias que o compõem.
E os projetos executivos de duplicação dos quase 300 km da BR-232 entre São Caetano, no Agreste de Pernambuco, e Serra Talhada, no Sertão do Estado. Os projetos de duplicação da BR-232 são dois, entre São Caetano e Arcoverde, e de lá até Serra Talhada, já em andamento e com valores estimados entre R$ 30 e R$ 45 milhões.
O detalhamento do futuro uso dos recursos obtidos com o empréstimo de R$ 1,5 bilhão foram feitos pelo secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Fabrício Marques, durante entrevista ao Programa ando a Limpo, da Rádio Jornal, nesta sexta-feira (2/5). O dinheiro também será destinado a projetos hídricos e de desenvolvimento urbano e rural, como o Águas de Pernambuco.
Segundo Fabrício Marques, a destinação dos recursos do empréstimo está bem definida, sendo resultado de um extenso trabalho de planejamento e reorganização das contas fiscais do Estado desde 2023. Essa captação de recursos, que já vinha sendo realizada em boa parte, agora recebe um importante reforço.
“Esses recursos, associados aos recursos próprios do Estado e aos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), são os que estão lastreando os grandes programas do governo atualmente”, explicou o secretário. “Entre esses programas, destacam-se o PE na Estrada, focado na recuperação e requalificação da malha rodoviária, e o Águas de PE, com um investimento total previsto de R$ 6 bilhões. O montante total de investimentos planejados alcança a marca de R$ 20 bilhões”, afirmou.
Fabrício Marques reforçou que a recuperação da malha rodoviária e o enfrentamento do desafio hídrico são prioridades para o governo de Pernambuco, conforme diretriz da governadora Raquel Lyra (PSD). E mencionou que todas as estradas já anunciadas pela governadora estão com editais publicados ou em fase de projeto.
Aprovação do empréstimo e cronograma
O Projeto de Lei (PL) para autorização da tomada de empréstimo de R$ 1,5 bilhão para 2025, com garantias, da União, foi enviado ao legislativo e obteve aval da Comissão de Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na terça-feira (29/5). Essa autorização foi concedida pelo governo federal após análise realizada no fim de 2024, liberando até R$ 1,5 bilhão em empréstimos para o Estado.
O próximo o, conforme detalhou Marques, é a oficialização do pedido de empréstimo ao governo federal nos próximos dias, com a dos contratos prevista para o segundo semestre de 2025. Em relação ao cronograma para o efetivo recebimento dos recursos, o secretário explicou que o processo junto ao governo federal leva de 90 a 120 dias, com a concretização esperada entre agosto e setembro.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que pode ir à manifestação pró-anistia dos condenados pelo 8 de Janeiro marcada para o dia 7 de maio em Brasília. O ex-chefe do Executivo conversou com apoiadores por chamada de vídeo nesta quinta-feira, dia 1º. O vídeo da conversa foi publicado pelo portal Metrópoles.
Bolsonaro recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na quarta-feira, 30, mas segue internado no Hospital DF Star, na capital federal. Ele está na unidade desde o dia 13 do mês ado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. As informações são do Jornal O Globo.
O ex-presidente não tem previsão de alta hospitalar, segundo informações do último boletim médico, mas disse na conversa esperar que a partir de sábado ou no máximo domingo “eu largue tudo que é equipamento e comece a viver se alimentando normalmente (sic)”. “Mais uma semana em casa e eu volto à normalidade. Acredito que pelo menos lá na torre (de televisão em Brasília, local da manifestação) eu me faço presente, se estiver bem”, disse Bolsonaro.
Ele recomendou aos apoiadores que a manifestação seja pacífica e que o objetivo é fazer um ato “sem pegar pesado em cima de ninguém”. Será a primeira manifestação bolsonarista na capital federal desde dia 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes golpistas invadiram o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso e o Palácio do Planalto em uma tentativa de reverter o resultado da eleição de 2022.
“Não vou falar que vai ter muita gente porque é uma caminhada até a região da Esplanada (dos Ministérios), não é uma concentração. Vão ter lá umas 2 mil pessoas, é mais do que suficiente”, disse o ex-presidente.
O objetivo do ato é pressionar a Câmara dos Deputados a votar o projeto de lei que concede anistia total aos envolvidos no 8 de Janeiro. Uma outra saída, porém, ganhou força nos últimos dias.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), prepara um projeto para reduzir as penas aplicadas no caso. O texto está sendo negociado com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e com o Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma das versões em negociação prevê aumento da punição para os acusados de organizar tentativas de golpe de Estado. O novo projeto busca um meio termo para aliviar as penas impostas pelo STF, que chegam a 17 anos de prisão, mas assegurar que eventuais acusados de orquestrar o rompimento da ordem democrática tenham punições mais severas.