O ministro da Comunicação Social, Sidônio Palmeira, montou uma ofensiva de comunicação para evitar desgastes para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir da operação deflagrada contra fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As informações são do blog do Valdo Cruz.
A oposição tem usado o caso para desgastar a imagem do presidente exatamente num momento em que o governo estava começando a recuperar sua aprovação. Um dos principais objetivos definidos nesta quinta-feira (24), durante coletiva sobre o tema, foi ar a mensagem de que o governo vai garantir a devolução dos recursos desviados de aposentados e pensionistas durante as fraudes.
Por enquanto, o governo não tem a dimensão dos recursos desviados, mas irá montar uma operação para viabilizar a sua devolução. Além disso, o governo tem a preocupação de evitar que o jogo vire contra o Palácio do Planalto, como alguns parlamentares apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro estão fazendo, tentando ar a mensagem de que se trata de mais um caso de corrupção no governo do presidente Lula.
A equipe de Lula está sendo orientada a destacar que a investigação foi feita pelo próprio governo.
Postura de Lupi
Assessores presidenciais reclamam da postura do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que optou primeiro por defender o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e não condenou de imediato os desvios de recursos dos segurados da Previdência Social.
Após a operação da Polícia Federal nesta quarta (23) contra fraudes no INSS, Stefanutto foi afastado e, no mesmo dia, demitido do cargo. “Ele [Lupi] deu munição para a oposição atacar o governo, ele tinha de sair criticando os desvios, classificando isso de roubo”, reclama um auxiliar de Lula.
O governo ainda não sabe quanto terá de ser devolvido para os aposentados e pensionistas. E se as associações que estão sendo investigadas têm dinheiro em caixa e patrimônio para bancar essa devolução.
A ordem do presidente Lula, porém, é garantir a devolução.
O advogado Armando Monteiro Bisneto assumiu, na manhã de hoje, a presidência do Complexo Industrial Portuário de Suape. A cerimônia de posse, realizada no auditório do Centro istrativo do Porto, reuniu diversas autoridades como a governadora Raquel Lyra (PSD) e o presidente do Grupo EQM e fundador da Folha de Pernambuco, Eduardo de Queiroz Monteiro.
Armando Monteiro Bisneto, 44 anos, substituiu o carioca Marcio Guiot, que estava no cargo desde fevereiro de 2023. Antes da posse oficial, o novo presidente já havia participado de agenda em São Paulo, na Intermodal 2025, a maior feira de logística, transporte de cargas e comércio exterior da América do Sul. O gestor articulou, com operadores de todo o Brasil, novos investimentos para a estatal pernambucana. As informações são do Blog da Folha.
Durante o seu discurso, Armando Monteiro Bisneto afirmou que é necessário que novos empreendimentos cheguem a Suape, porém de maneira ambientalmente sustentável e socialmente equilibrada. “O nosso desafio agora é ir além. Precisamos ter a justa ambição de mirarmos mais longe”, disse.
Eduardo de Queiroz Monteiro prestigiou a posse do novo presidente. Ele destacou que Armando Monteiro Bisneto é um dos quadros da família mais preparados. “É um advogado muito competente, disciplinado, trabalhador, com larga experiência no direito, morando em Brasília por muitos anos. Eu considero que Armando Bisneto reúne todas as condições para essa tarefa, que é uma tarefa muita desafiadora: presidir esse Complexo Industrial Portuário de Suape. Mas ele está à altura da responsabilidade e eu vim aqui sobretudo para prestigiar e reverenciar essa escolha”, afirmou.
É uma intenção clara e que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não esconde: ele está tentando uma solução negociada para o projeto de anistia aos presos de 8 de janeiro de 2023. E, na busca dessa solução negociada, Motta vem conversando com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao participar, na noite de quarta-feira (23), do programa ‘Direto de Brasília’, do jornalista Magno Martins, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), criticou duramente essas conversas de Motta com o STF. A reação foi consequência de uma pergunta pedida por Magno a este Correio Político. “Acho estranho jornalista achar normal o STF estar conversando com o Congresso”, reagiu Sóstenes.
“O STF não é Legislativo”, continuou. “Não é republicano o STF falar com o Congresso sobre um projeto de lei”. Bem, quando a Constituição, em seu artigo 2o, estabelece que os poderes são “independentes e harmônicos” pressupõe que eles conversem.
No caso, há conexões. A proposta de anistia visa rever decisões que foram tomadas pelo Judiciário. E há alguma discussão quanto à constitucionalidade do projeto. As conversas, assim, seriam para evitar os desgastes de um atrito maior entre os poderes da República.
De qualquer modo, o que disse Sóstenes no programa comandado por Magno Martins mostra que não virá do PL qualquer disposição de alternativa à anistia. Que ela seja “ampla, geral e irrestrita”, como já declarou o ex-presidente Jair Bolsonaro tomando emprestado o slogan da anistia de 1979. “Para o Parlamento, só nos resta como alternativa votar a anistia”, declarou Sóstenes. “Se o STF concluir que errou e reduzir as penas dos condenados, isso fará muito bem ao STF”. Para Sóstenes, o Supremo teria enquadrado os manifestantes do 8 de janeiro em crimes cuja imputação seria “absurda”, como o de associação criminosa.
Para Sóstenes, não caberia enquadrar em associação criminosa. “Pegar uma senhora e dizer que era parte de uma quadrilha?”, questionou. Também critica o enquadramento contra o Estado de Direito. “Alguém ser condenado por um crime que não aconteceu?”, critica.
Na verdade, a Lei 14.197, sancionada em 2021 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro enquadra como crime “tentar” abolir o Estado Democrático de Direito ou “tentar” depor o governo legitimamente constituído. As tentativas de golpe, assim, não precisam ser consumadas.
De qualquer modo, não tendo o apoio do PL, as alternativas à anistia vão sendo construídas. O deputado Fausto Pinatto (PP-SP) apresentou um projeto que estabelece gradações para reduzir penas, mas deixando de fora os comandantes e financiadores.
Um aspecto importante é o fato de Pinatto ser do PP, ou seja, de um partido do Centrão. O projeto alternativo pode ser, então, um indicativo de que os acordos de Motta, enquanto adia votar o projeto de anistia, começam a surtir efeito justamente sobre o grupo político.
Naquele dia, ninguém percebeu – mas algo grave aconteceu.
Não caiu um avião, não desabou um prédio, não houve terremoto. O que houve foi mais sutil, mais insidioso, mais devastador: a cidade se esqueceu de amar.
Não houve sirenes. Nenhuma ambulância cortou as avenidas, nenhum jornalista interrompeu a programação para anunciar o colapso.
Mas havia uma ausência no ar – como se o vento tivesse perdido a memória das carícias.
Os camelôs gritavam suas ofertas com uma raiva cansada. Os ônibus avam com rostos colados aos vidros, cada um com sua solidão plastificada.
Na fila do banco, ninguém cedia o lugar. Nos corredores dos hospitais, ninguém consolava ninguém.
Os cafés estavam cheios de gente – e completamente vazios de conversa.
As crianças nas escolas aprendiam a tabuada, mas não mais a ternura.
Os professores estavam exaustos demais para ensinar gentileza.
Os velhos nas janelas não acenavam. E os cachorros latiam para o nada.
Os casais discutiam no sinal vermelho.
Os jovens deslizavam os dedos nas telas, buscando companhia sem saber que procuravam amor.
E os pássaros, como se intuíssem o luto, voavam mais baixo, mais lentos, como se procurassem abrigo num chão sem alma.
Em algum bairro esquecido, uma senhora de nome Maria lavava a calçada com os olhos vermelhos.
Dizia, para ninguém, que o mundo estava mais duro que os joelhos dela.
Tinha um pé de jasmim que insistia em florir mesmo sem cuidado.
Talvez o amor seja isso – a última flor que resiste entre os escombros da pressa.
Os jornais daquele dia noticiaram o dólar, a eleição, a alta da carne, a violência nas madrugadas.
Mas ninguém registrou que o amor havia faltado ao expediente.
E no fim da tarde, enquanto a cidade se enchia de luzes artificiais, um menino chamado Théo, sozinho no escuro do seu quarto, escreveu num papel amassado:
“Se alguém ainda souber amar, por favor, me ensine.”
Colou o bilhete no portão de casa, como quem tenta salvar um planeta com uma prece feita de giz de cera.
Porque talvez – talvez – nem tudo esteja perdido.
Talvez ainda haja quem se lembre.
Talvez o amor, mesmo ferido, saiba o caminho de volta.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras
A Sala do Empreendedor de Serra Talhada foi reconhecida com o Selo Diamante Nacional do Sebrae de Referência em Atendimento, a mais alta classificação concedida a instituições que se destacam no e aos pequenos negócios no Brasil. O selo avalia critérios como prontidão e qualidade do atendimento, ambiente físico, presença digital e articulação com o poder público municipal para o fomento ao empreendedorismo.
Esse reconhecimento é resultado do trabalho integrado entre a gestão municipal, o Sebrae e demais parceiros locais que atuam no fortalecimento da economia de Serra Talhada. A Sala do Empreendedor tem sido um ponto estratégico para quem busca abrir ou formalizar um negócio, receber orientações técnicas e ar linhas de crédito e capacitações.
A prefeita Márcia Conrado comemorou a conquista destacando o papel do empreendedorismo no desenvolvimento local. “Nosso compromisso é cuidar das pessoas e isso também significa criar oportunidades para que elas possam empreender e crescer. O Selo Diamante do Sebrae mostra que Serra Talhada está no caminho certo, incentivando os pequenos negócios e promovendo uma economia mais forte e inclusiva”, afirmou.
Enquanto o prédio do antigo Colégio Americano Batista, adquirido com alarde e urgência pelo Governo Raquel Lyra (PSD)por R$ 80 milhões no início de 2023, segue fechado e sem qualquer destinação, o Diário Oficial de ontem trouxe um contrato de locação que escancara o desperdício de recursos públicos e a ineficiência istrativa da gestão estadual. O Estado vai pagar R$ 60 mil por mês para alugar a estrutura do Centro Universitário Fafire, no bairro da Boa Vista, para realizar o curso de formação dos aprovados no concurso da Polícia Civil.
A justificativa oficial é a falta de espaço próprio. O mesmo governo que declarou utilidade pública e comprou à vista um terreno de três hectares prometendo transformá-lo em um centro educacional de referência agora recorre à iniciativa privada para abrigar temporariamente a formação dos novos policiais civis. O contrato com Fafire, que deve durar os 7 meses da preparação dos novos policiais (maio a novembro) custará aos cofres públicos pelo menos R$ 420 mil, enquanto o prédio do Americano Batista, localizado a menos de 500 metros de distância, se deteriora a cada dia, sem projeto, sem cronograma e sem qualquer explicação razoável à população.
A situação só evidencia a falta de estratégia e prioridades do Governo do Estado, que segue acumulando gastos desnecessários, promessas vazias e retrocessos na política de educação e segurança pública. A gestão Raquel Lyra tem se especializado em anúncios sem execução e prioridades distorcidas. E quem paga a conta, como sempre, é o contribuinte pernambucano.
A conhecida “Terra da Vaquejada”, Surubim, no Agreste pernambucano, vai ganhar holofotes também no forrobodó dos festejos juninos deste ano, com programação que começa a partir de 9 de junho na Villa do Forró e em 20 de junho no Parque J. Galdino. Com o objetivo de projetar o São João do município a nível nacional, o prefeito Cleber Chaparral (UB), que tem 86,7% de aprovação em sua gestão, montou uma programação com nomes de peso.
Com pouco mais de 100 dias de gestão, Chaparral já deu uma nova roupagem no município em todas as áreas, inclusive agora na cultural. Divulgada na noite de ontem, a agenda tem de Wesley Safadão a Maiara e Maraísa, ando ainda pela essência do forró com nomes como Santana e a banda Mastruz com leite no polo descentralizado. Gratuita, a festa tem a produção da DuPorto em parceria com as equipes do São João de Limoeiro, também no Agreste, e o de Petrolina, no Sertão do Estado.
Com exceção dos dias 24, 25 e 26 de junho – ocasião em que não haverá programação no Parque – a festa também vai contar com artistas ‘da terra’ e a expectativa é de que pelo menos 250 mil pessoas visitem a cidade no período, impactando dessa forma tanto na economia quanto no setor de turismo da cidade.
Camarotes
A festa no Parque J. Galdino e no polo descentralizado Vila do Forró, Centro do município, é gratuita. Mas há também opção do espaço “Surubim Lounge – Old Parr”, com estrutura de camarotes para quem optar por mais comodidade. Os ingressos para o ambiente começam a ser vendidos neste domingo (27).
Confira a programação do Parque J. Galdino
Sexta-feira, 20 de junho
Henrique e Juliano, Luan Santana, Ávine Vinny e Olavo Sanfoneiro
Sábado, 21 de junho
Wesley Safadão, Léo Foguete, Grelo e Fabinho Moral
Domingo, 22 de junho
Maiara e Maraisa, Alok, Priscila Senna e Mastigados do Forró
Segunda-feira, 23 de junho
Ana Castela, Gustavo Mioto, Nadson o Ferinha e Marcílio Arruda
Sexta-feira, 27 de junho
Zé Vaqueiro, Natanzinho Lima, Calcinha Preta, Eric Land e Geiza Santos
Sábado, 28 de junho
Pablo, Raphaela Santos, Mari Fernandez, Waldonys e Pegadas de Pantera
Um dos grandes nomes da música popular brasileira, Odair José é o convidado do Sextou de hoje. Com uma trajetória marcada pela autenticidade e pela abordagem direta de temas do cotidiano, o cantor e compositor ganhou notoriedade nos anos 70 e 80, levando para o rádio e para os palcos histórias de amor, conflitos sociais e dilemas da vida real. Entre seus grandes sucessos estão faixas como “Vou tirar você desse lugar”, “Cadê você” e “Pare de tomar a pílula” — esta última, censurada durante a ditadura.
Natural de Morrinhos (GO), Odair José vendeu mais de 80 milhões de discos ao longo de mais de cinco décadas de carreira. Lançou mais de 40 álbuns, incluindo produções em espanhol, e se tornou uma das figuras mais populares e controversas da música brasileira. Chamado de “o cantor da pílula” e apelidado por críticos de “Bob Dylan da Central do Brasil”, construiu um repertório que mistura romantismo, crítica social e narrativas urbanas, sempre com melodias simples e letras íveis que dialogam com a realidade do povo.
O Sextou vai ao ar hoje, das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir o Sextou pela internet, clique no link do Frente a Frente no alto da página deste blog ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.
O ex-presidente Fernando Collor de Mello está preso em uma sala especial da Polícia Federal em Alagoas, segundo informações da PF. A sala fica distante da carceragem da polícia. Collor foi detido, na madrugada de hoje, no aeroporto de Maceió. E, segundo o blog da Camila Bonfim, não apresentou resistência à prisão.
“Está bem, tranquilo”, disse uma fonte. “Não ofereceu resistência na hora da prisão”, completou. Ainda segundo fontes, Collor afirmou que estava indo para Brasília se entregar, mas a PF achou prudente realizar a prisão logo, já que não houve manifestação oficial junto à PF ou ao STF.
A Polícia Federal tinha conhecimento da compra de uma agem para São Paulo na data desta sexta, comprada antes da decisão de Moraes. Depois, os policiais, tomaram conhecimento da compra de agem para Brasília. Essa comprada após a decisão do ministro do STF.
O líder da oposição na Câmara de João Alfredo, vereador Erivaldo de Evandro, trocou de lado e agora a a integrar a base aliada do prefeito Zé Martins (PSB). Erivaldo é filho do ex-vice-prefeito Evandro e está no seu 4º mandato de vereador, sendo eleito na última eleição com 967 votos.
Zé Martins agradeceu o apoio e comentou sobre a adesão. “Erivaldo é um dos melhores quadros da Câmara Municipal. Contar com o seu apoio e do seu pai é algo que muito nos engrandece. Vamos trabalhar juntos pelo desenvolvimento e o progresso de João Alfredo e o bem-estar dos joãoalfredenses”, afirmou. O grupo do prefeito Zé Martins agora a a contar com 10 dos 11 vereadores do Poder Legislativo.
O prefeito de Triunfo, Luciano Bonfim, participou, na última quarta-feira, do lançamento do ‘Condomínio Vale do Triunfo’. O evento, realizado no Restaurante Mercearia, apresentou ao público o projeto que representa um novo conceito de moradia e turismo no Sertão. Um empreendimento que une sofisticação, sustentabilidade e integração com a natureza, colocando Triunfo em destaque como um dos destinos mais promissores para se viver e investir. Confira!
A deputada federal Maria Arraes (SD) tem ganhado destaque nas redes sociais. Nos últimos dias, a parlamentar conquistou mais de 40 mil novos seguidores no Instagram. Entre os vídeos que têm viralizado, estão aqueles em que faz críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
A deputada mais jovem de Pernambuco sai na frente e já se prepara para disputar com força a reeleição em 2026, tendo as redes como principais aliadas.
O ex-presidente Fernando Collor continuará preso na superintendência da Polícia Federal (PF) em Maceió, capital de Alagoas, até que o Supremo Tribunal Federal (STF) defina o local para o cumprimento da pena, segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
Collor foi preso no aeroporto, em Maceió, na madrugada de hoje. Ele tinha como destino Brasília, no Distrito Federal, onde se entregaria às autoridades.
No aeroporto, segundo apurou a reportagem, Collor foi preso de maneira discreta e sem alarde. Collor foi condenado com trânsito em julgado, ou seja, a decisão é definitiva e irrevogável. Não cabe mais recurso.
A detenção do ex-presidente aconteceu por volta das 4h da manhã, horas após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes rejeitar os recursos do ex-presidente contra a condenação a 8 anos e 10 meses de prisão em um desdobramento da Lava Jato.
A decisão individual de Moraes determinou que a pena fosse cumprida imediatamente. Na decisão de ontem, Moraes afirmou que os recursos apresentados pela defesa de Collor tinham caráter “meramente protelatório”.
A pedido de Moraes, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, marcou uma sessão em plenário virtual para esta sexta-feira (25), das 11h às 23h59, para que os ministros analisem a decisão individual. Enquanto isso, a ordem de prisão segue em vigor.
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), garantiu que manterá a pressão para que o projeto de lei da anistia seja colocado na pauta do Legislativo. Em entrevista para o podcast Direto de Brasília, o parlamentar defendeu a saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi, após escândalo de desvios no INSS por indicados dele, e colocou que a recusa do líder do União Brasil, deputado Pedro Lucas, em ser ministro destruiu o governo Lula. “A barca está afundando. O governo acabou”, disparou.
Essa semana foi marcada pelo escândalo que terminou na queda do presidente do INSS, após investigação sobre desvios de quase R$ 7 bilhões. Mas o ministro Lupi, que o indicou, segue no cargo. Como o senhor avalia essa situação?
Antes o PT e a esquerda roubavam milhões. Agora, não se contentaram e roubam bilhões. Segundo a Polícia Federal, foram R$ 7,3 bilhões. Este é o atual desgoverno da esquerda que aí está. E pior, estes bilhões são roubados de aposentados e pensionistas. Isso é grave. E a esquerda tem corruptos de estimação. A gente não quer saber, se tiver tido roubos de outros governos, inclusive nosso, seja lá quem tiver roubado, e roubou de aposentados, tem que ir para trás das grades.
E o ministro Carlos Lupi, que indicou todo esse pessoal do INSS? Não teria que sair também?
No governo Bolsonaro, tivemos uma suspeita de roubo no Ministério da Educação. A primeira coisa que falei para o presidente foi que, para o bem do governo, deveria afastar o ministro e investigar tudo. Se ele não tiver culpa no cartório, volta depois. O que não dá é para manter ministro no cargo com essas suspeitas. Precisamos entender que o Brasil não pode continuar achando que corrupção é coisa comum, apesar de terem eleito o ‘descondenado’ que aí está.
Já caiu um ministro por corrupção também…
Caiu um por ser taradão, por assédio sexual, outro por corrupção, e agora vem o ministro do bilhão. Até quando ele vai ficar? São essas coisas que não adianta, o Brasil está vendo. Este desgoverno acabou.
Como tem avaliado as posições do presidente da Câmara, Hugo Motta, sobre o projeto de lei da anistia?
Fomos os primeiros aliados na sua eleição. Somos o maior partido da Câmara dos Deputados. Política se faz com palavra, e com o presidente Hugo Motta tivemos um compromisso, que era que nossas pautas andassem. Não exigimos pauta nenhuma até a instalação das comissões. Mas ele já atendeu ao governo em algumas pautas, atendeu o Poder Judiciário. Como primeiro aliado, a pergunta que reitero: quando o PL terá sua única demanda atendida? Ainda confio no presidente, mas ou ele pauta o projeto ou nós entenderemos que ele está nos desprestigiando e rompendo acordos prévios.
E qual seria a postura do PL no caso de rompimento desses acordos?
Temos todos os instrumentos regimentais para que possamos seguir nosso caminho, entre eles a obstrução. Mas temos três comissões com orçamento de quase R$ 6 bilhões. Há um acordo entre líderes e a presidência, envolvendo as emendas de comissão, que 70% ficam sob comando do presidente para atender outros partidos, e 30% ficam para o partido dividir emendas com seus parlamentares. Se ele descumpre, posso pegar esse orçamento e atender a quem assinou regime de urgência, por exemplo. Não quero fazer isso. Mas se o presidente está pressionado pelo lado de lá, então daqui a gente faz pressão também.
Mas por que o presidente Hugo Motta não pauta esse projeto da anistia?
Acho q tem medo de retaliação. Porque quando você não é aliado do STF, ele retalia. Talvez seja a boa intenção do presidente, mas ele tem um medo grande de chantagem. Porque alguns ministros são chantagistas. Alexandre de Moraes mesmo é um ministro que julga com ódio, não com a justiça, e às vezes exagera nas decisões. Tem perseguido politicamente por questões pessoais. A verdade é que precisamos falar e corrigir no Brasil.
Nessa semana, o líder do União Brasil na Câmara foi anunciado como novo ministro, mas depois desistiu. Como o senhor analisa uma situação dessas?
Não é normal, nunca vi alguém ser convidado a ministro, sendo de um partido da base, e dizer não. Isso é um alerta. A decisão do líder do União Brasil merece meu reconhecimento. Isso só tem um sinal: a barca do desgoverno está afundando. Ninguém quer subir. O governo acabou. Já está claro que em 2026 esse governo já era, não consegue ar no ano que vem. E só não tem um impeachment porque o vice é tão ruim quanto.
Qual a estratégia do PL para o Senado no ano que vem?
O presidente Bolsonaro tem se dedicado a organizar a direita. O PL deverá fazer em torno de 25 senadores. Mas temos que ter mais partidos para essa composição. No meu mapa, podemos chegar a 32 com esses aliados. E dos outros 27 senadores que não disputarão o mandato agora, 16 já são nossos. Vamos ter em torno de 50 dos 81 senadores, para eleger o presidente do Senado, fazer o enfrentamento democrático que precisamos entre os poderes.
E na Câmara?
Vamos eleger em torno de 120 deputados. Na próxima janela de troca partidária, chegaremos na casa dos 110. Vamos disputar a eleição, voltaremos com 120, pode ser mais.
Mesmo inelegível, o ex-presidente pode repercutir negativamente no resultado de 2026?
Com toda a sinceridade, entendo que se querem prender Bolsonaro pelas circunstâncias que estarão postas, a bancada iria para 150, no mínimo. E os 25 senadores iriam para 3, só no PL. Então, a história para os algozes de Bolsonaro é a velha máxima. Se correr bicho pega, se ficar bicho come.
Qual será a próxima bomba do Congresso?
Estamos articulando a coleta de s para a I do INSS. Vamos ar o INSS a limpo. Quem roubou de aposentado e pensionista, vai para a cadeia. Não vamos aceitar, doa a quem doer, seja quem for.
O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso, na madrugada de hoje, em Maceió, Alagoas. A informação foi confirmada pela defesa de Collor.
A prisão ocorreu às 4 horas, quando ele estava se deslocando para Brasília para cumprimento espontâneo da decisão do ministro Alexandre de Moraes, diz a defesa. Neste momento, o ex-presidente está custodiado na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana.
Leia abaixo a nota na íntegra:
“A defesa da ex-presidente da República Fernando Collor de Mello confirma sua prisão hoje, 25 de abril, em Maceió, às 4 horas da manhã, quando estava se deslocando para Brasília para cumprimento espontâneo da decisão do Ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente Fernando Collor de Mello encontra-se custodiado, no momento, na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. São estas as informações que temos até o momento”.
Na mesma pesquisa que o instituto Opinião aferiu uma aprovação de 85% para os primeiros 100 dias de gestão do prefeito de São Lourenço da Mata, Vinicius Labanca (PSB), os entrevistados no município se manifestaram também sobre o quadro que enxergam, hoje, para as eleições de governador e senador, em 2026.
Se o pleito fosse hoje, em São Lourenço, importante colégio eleitoral da Região Metropolitana do Recife, o prefeito João Campos (PSB), provável adversário da governadora Raquel Lyra (PSD), daria uma goleada na postulante à reeleição. O socialista aparece com 71,5% das intenções de voto, Raquel tem 9,1% e Cardinot, testado pela primeira vez, 8,7%.
Brancos e nulos somam 6% e indecisos 4,7%. Para o Senado, o petista Humberto Costa e Eduardo da Fonte (PP) aparecem empatados, o primeiro com 15,3% e o segundo com 14%. Em seguida, o ministro Sílvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) pontua 7,3%, seguido de Gilson Machado (PL), com 6% e Miguel Coelho (UB), com 6%. Por último, o senador Fernando Dueire tem apenas 0,4%.
Brancos e nulos somam 24,4% e indecisos chegam a 25,7%. Já para presidente da República, em São Lourenço o presidente Lula (PT) lidera com 52,4% e Michelle Bolsonaro tem 14%. Como está inelegível, o ex-presidente Bolsonaro não entrou no levantamento. Pablo Marçal foi citado por 2,9%, Tarcísio Freitas 1,8%, Ratinho Júnior 0,9% e Zema 0,2%.
Em relação à disputa para o Palácio do Campo das Princesas, a ampla preferência do eleitorado de São Lourenço da Mata por João Campos ratifica uma tendência observada em praticamente todas as regiões do Estado. Na última pesquisa do Big Data, o prefeito do Recife apareceu com uma frente de 45 pontos ante a governadora Raquel Lyra.
No Espírito Santo – No seminário do PSB em Vitória (ES), na última quarta-feira, já falando na condição de quase presidente nacional da legenda (será eleito no fim de maio), o prefeito do Recife, João Campos, lançou para o Senado a candidatura do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. “Nós vamos crescer a bancada no Congresso Nacional. Nós vamos crescer no Senado. E aí, o Espírito Santo vai poder dar uma contribuição importante nesse sentido com a eleição de Casagrande”, disse.
Festão pelos 90 anos do grupo JM – O empresário João Carlos Paes Mendonça mobiliza o mundo político e empresarial do Nordeste para as comemorações, em alto estilo, dos 90 anos do Grupo JM. O evento está marcado para o próximo dia 12 de maio, no Teatro do RioMar. Tudo começou com uma pequena mercearia fundada por Pedro Paes Mendonça, pai do empresário, na Serra do Machado, em Sergipe. Hoje, é um dos maiores e mais consolidados grupos do Nordeste, presente em quatro estados. Depois da cerimônia, será servido coquetel no hall do teatro.
Incursão pelo País – Já amanhã, João Campos, numa pré-agenda com vistas a assumir o comando nacional do PSB, estará em São Paulo e no domingo no Ceará. Na próxima quarta, último dia previsto para os encontros estaduais, participa do congresso em Belo Horizonte. Antes disso, na próxima segunda-feira, deve ir à Paraíba. Ali, mantém boa relação com o governador João Azevedo, que assumirá o comando da legenda no Estado de olho numa candidatura ao Senado em 2026. A série de participações começou na noite da última quarta-feira, em Vitória, no Espírito Santo, ao lado do governador Renato Casagrande. A ideia é fortalecer a sigla que ele vai presidir a partir de junho.
Homenagem a Dino – O ministro Flávio Dino, do STF, estará no Recife no próximo dia 5 para receber o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e ministrar uma aula de boas-vindas para os estudantes da instituição. O evento está marcado para as 9h30, na Concha Acústica Paulo Freire, no Campus Recife. Na ocasião, o ministro vai falar sobre “O impacto das novas tecnologias no mundo do trabalho”. Ele ainda vai receber a honraria concedida a personalidades que contribuem e contribuíram para a Universidade, a região ou o País com sua atuação em favor das ciências, das letras, das artes ou da cultura.
Mais um ministro pernambucano – Empossado, ontem, pelo presidente Lula (PT), o novo ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, é pernambucano. Graduado em Engenharia Civil pela Universidade de Pernambuco, Siqueira tem mais de 26 anos de experiência profissional no setor de telecomunicações, dos quais 21 anos na empresa Oi, exercendo cargos de liderança nas áreas de operações, planejamento, institucional, regulatório e comercial. Ele estava exercendo a presidência da Telebrás desde maio de 2023. Embora escolha técnica, Frederico teve o respaldo do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e da cúpula do União Brasil.
CURTAS
EM ROMA – O presidente Lula (PT) embarcou, ontem, para Roma. Ao lado da primeira-dama Janja da Silva e dos chefes dos Três Poderes, os presidentes do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), vai participar das últimas homenagens ao Papa Francisco.
MAIS UM – O PT rachou literalmente na disputa pelo comando do diretório nacional. Além de Edinho Silva e Rui Falcão, entra na disputa pela presidência do partido o prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá. Em publicação na rede social X, Quaquá disse que pretende garantir a “revitalização do partido”. Ele também exaltou o papel de Gleisi para a reeleição de Lula em seu terceiro mandato e fez críticas a Edinho.
NO PODCAST – Por falar na sucessão pelo comando do PT, meu podcast ‘Direto de Brasília’, em parceria com a Folha de Pernambuco, começa, na próxima terça-feira, a entrevistar os candidatos. O nosso primeiro convidado será Rui Falcão, deputado federal por São Paulo, que já presidiu a legenda entre 2011 e 2017. Em seguida, será Quaquá.
Perguntar não ofende: Quem ganha a eleição para presidente do MDB em Pernambuco?
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, há pouco, a prisão do ex-presidente Fernando Collor. A medida foi tomada após o ministro negar um recurso da defesa de Collor para rever a condenação a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção iva e lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Lava Jato.
Em 2023, Collor foi condenado pelo STF em um dos processos da Lava Jato. Conforme a condenação, o ex-presidente e ex-senador, como antigo dirigente do PTB, foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras, e recebeu R$ 20 milhões em vantagens indevidas em contratos da empresa. Segundo a denúncia, os crimes ocorreram entre 2010 e 2014.
Na decisão, Alexandre de Moraes considerou que os recursos protocolados pela defesa de Collor são protelatórios para evitar o fim do processo. “A manifesta inissibilidade dos embargos, conforme a jurisprudência da Corte, revela o caráter meramente protelatório dos infringentes, autorizando a certificação do trânsito em julgado e o imediato cumprimento da decisão condenatória”, decidiu o ministro.
Moraes também solicitou ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, a convocação de uma sessão virtual para referendar sua decisão. O julgamento virtual será realizado amanhã.