A construção de cisternas para moradores do semiárido teve o pior resultado em 20 anos do Programa Cisternas —destinado a garantir a reserva de água a famílias que vivem em área rural em regiões de seca. 5i355v
Segundo dados do MDS (Ministério da Assistência e Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome), foram construídas 3.698 cisternas em 2022, o menor número da série histórica do programa.
Chega a 350 mil sertanejos a fila de espera por um equipamento familiar (que serve para consumo humano e armazena 16 mil litros), segundo dados da ASA (Articulação do Semiárido) —organização que congrega mais de 3 mil entidades e que foi a idealizadora do projeto de universalizar cisternas. As informações são de Carlos Madeiro, colunista do UOL.
Leia maisNo caso de cisterna de produção (com capacidade para 52 mil litros para abastecer produções e pequenas criações de animais), essa fila é ainda maior: 800 mil.
O governo de Jair Bolsonaro deixou de lado o programa criado em 2003 por Lula e executou basicamente contratos antigos ou aqueles com verbas destinadas por emendas parlamentares.
A coluna procurou o MDS em duas oportunidades para que comentasse os números e explicasse se iria aumentar investimentos em 2023, mas não obteve retorno.
Segundo o coordenador da ASA, Naidson Batista, o Programa Cisternas foi crucial devido “ao seu alcance, significado e resultados transformadores” em períodos de seca.
“Ele mata a sede e a dependência, produz alimentos e combate a fome”, destaca.
Batista diz que, durante a transição do governo no fim de 2022, a volta do programa foi debatida —trata-se de uma promessa do presidente Lula na campanha.
“Isso significa que será retomado. Já houve contatos bons, concretos. Há um mútuo interesse forte.”
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